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Diferenças e Indicações do DIU Hormonal e DIU Não Hormonal

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Saiba como os diferentes tipos de DIU (dispositivo intrauterino) atuam no seu corpo e quais são os principais critérios a se levar em conta momento da escolha.

O DIU é uma sigla usada para o que chamamos de dispositivo intrauterino, que tem o formato em T ou Y, pode ser hormonal ou não hormonal e é introduzido no útero da mulher por um médico ginecologista. O DIU é considerado um dos métodos contraceptivos mais eficazes no mercado hoje em dia, embora o DIU não seja ainda o líder de preferência entre as brasileiras. Porém o DIU passa na frente dos outros métodos contraceptivos mais utilizados no pais quando se trata dos benefícios.

A escolha do método contraceptivo é muito importante tanto para dar liberdade sexual à mulher, como também dar segurança, afinal, moramos no país em que 55 % das gestações não são planejadas, o que pode gerar consequências indesejadas no dia a dia ou extremas como a morte da mãe e ou bebê. Esse dado pode ser explicado pela falta de informação a respeito de métodos mais eficazes, confiáveis e seguros entre uma parte da população.

Hoje falaremos sobre quais são os benefícios deste método anticoncepcional, quais são as diferenças entre o DIU hormonal e não hormonal e o que você deve levar em conta para fazer a escolha certa para o seu corpo.

DIU ou pílula anticoncepcional?

Como já foi dito, a grande maioria das brasileiras não optam pelo DIU e cerca de 80 % das mulheres no Brasil fazem uso da pílula anticoncepcional. A grande diferença entre esses dois métodos está no índice de falha na contracepção. Enquanto a pílula anticoncepcional tem 6 % de chance de falhar, devido aos casos de esquecimento, o DIU fica entre 0,2 % e 0,8 %, de acordo com a escolha entre o DIU hormonal ou não hormonal.

Além do índice de falha ser mais alto, outra desvantagem da pílula anticoncepcional é a da dependência da disciplina da mulher, afinal, as chances de se esquecer de tomar o remédio todo dia no mesmo horário são grandes. O DIU é um dispositivo que pode ser mantido no útero da mulher por até 10 anos, dependendo da opção escolhida, dando assim mais liberdade para a mulher no seu dia a dia.

Outro benefício na vida da mulher que usa o DIU como método contraceptivo é a ausência de grande quantidade de hormônios como o estrogênio, que está presente em grande quantidade nas pílulas. O estrogênio está associado ao aumentando das chances de problemas sérios na saúde da mulher, como a trombose. O DIU hormonal tem em sua composição um hormônio chamado levonorgestrel, sua liberação é local e em pequenas quantidades.

DIU hormonal – Mirena e Kyleena

O DIU hormonal (Mirena ou Kyleena) se assemelha a uma laqueadura tubaria e pode trazer outros benefícios além da contracepção, como o tratamento de algumas doenças femininas como a endometriose, hemorragias disfuncionais e outras. Por isso ele é o mais indicado nesses casos.

O hormônio que é liberado direto no útero em pequenas quantidades é chamado de levonorgestrel, sendo ele muito parecido com a progesterona, que é um hormônio feminino muito importante.

Um único DIU hormonal Mirena pode durar até 5 anos. Após a retirada do dispositivo, o organismo pode demorar até 3 meses para que a taxa de fertilidade volte ao normal, devido à presença de resquícios de levonorgestrel no corpo.

DIU não hormonal – Cobre e Prata

O DIU não hormonal confere uma barreira mecânica à ascensão do espermatozoide e sua implantação no óvulo, sem contar com a atuação de hormônios. O DIU libera íons de cobre que formarão uma barreira que dificultará a motilidade dos espermatozoides no útero, impossibilitando a fecundação do óvulo. Está é a opção mais indicada para os casos de mulheres que não querem ou não possam utilizar o DIU hormonal.

Existem duas opções de DIU não hormonal, uma delas é feita apenas com o material de cobre e a outra com uma mistura de cobre e prata. A prata é utilizada para diminuir a oxidação do cobre no organismo. Algumas mulheres têm um aumento de cólicas e fluxo menstrual com o uso do DIU de cobre e a prata pode diminuir estes efeitos. Sua vida útil é maior que a do DIU hormonal, podendo permanecer no útero da mulher por até 10 anos.

Quem pode usar o DIU como método contraceptivo?

Basicamente todas as mulheres em todas as fases reprodutivas podem usar o DIU como método contraceptivo, exceto as que possuem os problemas a seguir:

  • Infecções uterinas importantes;
  • Má formação uterina que possa impedir que o dispositivo seja inserido com segurança;
  • Câncer de colo de útero em atividade;
  • Distúrbios de coagulação que aumentem o risco de sangramento importante;

Para que todos esses problemas possam ser detectados ou não, é necessário consultar com o seu ginecologista para que sejam feitos alguns exames e assim a escolha do DIU mais adequado para o seu caso.

Quais são os exames que o ginecologista faz antes de escolher o tipo de DIU:

  • Análise ginecológica clínica;
  • Papanicolau; e
  • Ultrassom transvaginal.

Após os resultados dos exames, a mulher está liberada para a aplicação do DIU de sua escolha ou recomendado pelo ginecologista. Esse procedimento pode ser feito no próprio consultório ginecológico, com a aplicação de anestésico local. A mulher geralmente relata uma dor leve durante o procedimento, semelhante a uma cólica. Havendo intercorrências durante a tentativa da aplicação do DIU, o procedimento pode ser feito em um centro cirúrgico com o auxílio de um anestesista e sedação.

Há efeitos colaterais após a inserção do DIU?

O principal efeito colateral em ambos os tipos de DIU são os sangramentos irregulares nos três primeiros meses.

No caso do DIU não hormonal, é esperado um aumento no fluxo menstrual, causado pelo processo inflamatório que o cobre causa dentro útero, mas que pode ser tratado com o uso de um anti-inflamatório.

No caso de DIU hormonal são relatados os seguintes efeitos colaterais nos seis primeiros meses:

  • Aumento de acne;
  • Inchaço abdominal; 1
  • Queda de cabelo transitória.

É importante lembrar que o dispositivo intrauterino é um método para evitar a gravidez, o que não deve excluir o uso de camisinhas durante as relações sexuais. A combinação desses dois métodos é essencial para que a mulher possa estar segura contra uma gravidez não planejada e doenças sexualmente transmissíveis (DST).

Leitura complementar:

Você Conhece o Seu Ciclo Menstrual?

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Dra. Danielle Miyamoto é médica mastologista, ginecologista e obstetra. Oferece atendimento médico humanizado, completo e especializado na área da saúde da mulher no Centro Integrado AKTA Liv.

Formada pela Unicamp e pela Faculdade de Medicina da USP com cursos de especialização na Itália e França.

Eleita uma mas melhores mastologistas de São Paulo pelo Portal Doctoralia, além de ter excelente média de avaliação por parte de suas pacientes.

Agende uma consulta com Dra. Danielle Miyamoto – (CRM: 156030, RQE Ginecologia e Obstetrícia: 69083, RQE Mastologia: 73739). Médica mastologista formada pela USP e ginecologista e obstetra formada pela UNICAMP, com título de especialista nas duas áreas. A Dra. Danielle Miyamoto atende na clínica Akta Liv, localizada na Chácara Klabin, Vila Mariana.

Dra. Danielle Miyamoto

Ginecologista e Obstetra, Mastologista e Mestre em Oncologia Ginecológica e Mamária

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