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Outubro Rosa 2021: Conscientizar é Saúde

Outubro Rosa é o nome da campanha que visa conscientizar para o controle do câncer de mama, que é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos.

A campanha do Outubro Rosa foi uma iniciativa lançada pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e adotada em alguns estados dos Estados Unidos no início da década de 1990, transformando-se numa campanha nacional quando foi aprovada pelo Congresso daquele país.

Desde então a campanha do Outubro Rosa ganhou espaço ao redor do mundo. Com o objetivo de esclarecer e informar mulheres de todas as idades e classes sociais sobre o controle do câncer de mama e, mais recentemente, passou a esclarecer também sobre a prevenção do câncer do colo de útero.

O câncer de mama acontece quando células anormais e que se multiplicam repetidamente até formarem um tumor maligno surgem na mama. O índice de incidência do câncer de mama no Brasil é considerado alto; foram estimados 66.280 novos casos da doença no ano de 2021, com um risco aproximado de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres.

Uma das questões importantes da campanha do Outubro Rosa é a conscientização para a realização do autoexame da mama para identificação de nódulos, que nem sempre são malignos. O autoexame é uma das vias mais rápidas da mulher identificar um caroço na mama e é o primeiro aliado na prevenção ao câncer de mama. Em algumas mulheres, a pele da mama pode ficar avermelhada ou parecida com uma casca de laranja; também podem surgir pequenos caroços ou ínguas embaixo do braço, na região da axila.

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Outubro Rosa – Todo caroço é câncer de mama?

Não! Nem todo caroço é câncer de mama, por isso é tão importante o acompanhamento com um profissional da saúde. Caroço ou nódulo pode aparecer em mulheres saudáveis e de qualquer idade. Na maioria das vezes é apenas uma alteração benigna, como um fibroadenoma ou um cisto.

Se você tem mais de 40 anos, mesmo não parecendo ser nada, fique atenta. Para mulheres acima dos 40 anos, um nódulo pode representar risco de câncer de mama, sem isentar o fato de que mulheres jovens também possam desenvolver a doença.

Tipos de nódulos que podem aparecer no seio:

Alterações fibrocísticas: normalmente, esse tipo de nódulo aparece por alterações hormonais, como no período menstrual ou quando a mulher está fazendo tratamento com algum tipo de remédio com hormônio.

Cisto simples: acomete principalmente mulheres em pré-menopausa acima de 40 anos. O cisto não é uma alteração grave, raramente pode virar um câncer e não necessita de um tratamento específico. Os nódulos costumam aparecer nas duas mamas e podem mudar de tamanho durante o período menstrual.

Lipoma:  lipoma nada mais é que o resultado do acúmulo de tecido gorduroso na mama. Não é grave e pode ser facilmente retirado através de cirurgia, mas apenas por razões estéticas. Eles possuem um aspecto mole, parecendo pequenas bolsas de gordura que podem se mover pela mama. Entretanto, alguns podem ser duros, sendo confundidos com câncer de mama.

Fatores de risco

Não se pode dizer ao certo se há uma única causa para o câncer de mama. Existem diversos fatores que estão relacionados ao desenvolvimento da doença entre mulheres, como: envelhecimento, histórico familiar de câncer de mama, consumo de álcool, excesso de peso, atividade física insuficiente e exposição à radiação ionizante.

Diagnóstico

O diagnóstico do câncer de mama é feito através da mamografia que é realizada através de um aparelho de raios-x, além desse método existe também a ultrassom das mamas, que por meio de ondas de alta frequência, examinam se o nódulo é sólido ou se está preenchido com líquido.

Por meio de ressonância magnética é possível digitalizar o tecido e gerar imagens detalhadas das áreas do seio, podendo também diagnosticar alguns tipos de câncer não detectáveis. Por sua vez, a biópsia, que é um dos exames finais para dar diagnóstico do câncer de mama, remove parte do tecido da mama e busca por células cancerígenas.

Outubro Rosa – Tratamento do câncer de mama

O tratamento de câncer de mama depende do tipo de tumor e do estágio de desenvolvimento da doença. Para cada tipo de câncer, haverá um tratamento específico, como:

Quimioterapia, quando se utiliza de medicamentos para controlar ou inibir o crescimento das células doentes.

Hormonioterapia, que é indicado para casos em que o tumor tenha ligação com os hormônios femininos, como o estrogênio.

Terapia alvo, onde é feito uso de medicamentos que atacam partes das células cancerígenas, como proteínas específicas, que permitem o crescimento delas de forma anormal.

Caso você encontre um caroço nos seios durante um autoexame da mama, é imprescindível que o mastologista seja consultado, assim ele poderá encaminhar e realizar os exames como ultrassom ou mamografia. Com os exames em mãos é possível identificar se os nódulos são benignos ou malignos. Fique atenta ao seu corpo e os sinais dele, mantenha os exames de rotina em dia, assim você pode descobrir desequilíbrios precocemente e quem sabe, evitar o surgimento da doença.

Nesse mês do Outubro Rosa, o Instituto Nacional do Câncer reuniu diversos especialistas em câncer de mama para discutir sobre o que podemos fazer para prevenir e melhorar a realidade da doença no Brasil.

NOTA DO INCA: O câncer de mama não tem uma causa única. Diversos fatores estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver a doença, tais como: idade, fatores endócrinos/história reprodutiva, fatores comportamentais/ambientais e fatores genéticos/hereditários.

Leitura complementar:

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A Dra. Danielle Miyamoto atende no Centro Integrado AKTA Liv, convenientemente localizado na Vila Mariana (São Paulo). Ela é médica mastologista formada pela USP e ginecologista e obstetra formada pela UNICAMP, com título de especialista nas duas áreas  (CRM: 156030, RQE Ginecologia e Obstetrícia: 69083, RQE Mastologia: 73739).

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